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Vacas leiteiras prontas para serem inseminadas

Inseminação artificial em bovinos de leite: como aplicar a técnica de forma eficiente?

O recurso da inseminação artificial em bovinos representa a biotecnologia reprodutiva mais utilizada na pecuária.

Avanços reprodutivos, genéticos, produtivos e econômicos são conseguidos por meio dela. Por mais que muitas fazendas adotem a inseminação artificial na rotina, no entanto, os resultados são extremamente variáveis.

Quais as razões e os motivos que explicam isso? Por que determinados rebanhos possuem elevadas taxas de concepção com a inseminação e outros nem tanto?

Acompanhe as explicações nesse artigo!

 

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Reprodução e inseminação artificial em bovinos

Antes de tudo, devemos entender que o sucesso da inseminação artificial em qualquer fazenda está intimamente atrelado ao sucesso reprodutivo do rebanho como um todo. Mas o que isso quer dizer?

Em outras palavras, a inseminação artificial só terá bons resultados quando todos os pilares da reprodução caminharem bem.

E o que influencia na reprodução? Praticamente tudo na fazenda!

Nutrição, manejo alimentar, conforto, estresse térmico, sanidade, saúde do úbere, qualidade dos manejos e das instalações, carrapato, moscas… A lista de fatores é infindável.

Há de se concordar que, ao saber disso, a mensagem fica muito clara. Devemos nos preocupar em ofertar muito bem as condições que atendam às necessidades básicas dos animais para que possamos exigir bons resultados na inseminação artificial e, consequentemente, na reprodução.

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Principais cuidados a serem adotados na inseminação artificial

Reforçando o que já foi dito, a inseminação artificial é uma das partes que determina o sucesso reprodutivo do rebanho, sendo que cuidados específicos devem ser adotados. Talvez a organização e a higiene sejam os principais.

Manejo do botijão e do sêmen

Atente-se às boas condições dos botijões que serão utilizados no transporte e armazenamento das palhetas de sêmen.

O botijão deve ser mantido em ambiente seco e fechado, tendo o seu nível de nitrogênio verificado periodicamente. Recomenda-se trabalhar com nível mínimo de nitrogênio acima de 20 cm.

Além disso, os sêmens dos touros utilizados na inseminação artificial devem ser oriundos de centrais certificadas e que atestam a qualidade em cada partida. Isso assegura a biosseguridade do material e que não ocorram variações na fertilidade.

Descongelamento do sêmen

A caneca que armazena o sêmen a ser utilizado na inseminação deve ser manejada somente até a borda isolante interna do botijão, sendo que as palhetas devem ser removidas da rack com auxílio de uma pinça adequada. Esta ação evita o aumento de temperatura nas doses que não serão utilizadas naquele momento.

Uma sugestão é que seja feita a identificação das canecas por meio de esparadrapos nas hastes externas contendo nome dos touros e/ou raça que contém em cada caneca.

Isso facilita o trabalho de procura do sêmen e evita tirar palhetas das racks desnecessariamente, expondo o sêmen ao meio ambiente e podendo reduzir a fertilidade.

A checagem da temperatura da água de descongelamento é outra etapa importante que interfere no sucesso da inseminação. O ideal é que ela esteja entre 35 e 37°C e se mantenha nesta faixa constantemente. Deve-se sempre dar preferência aos descongeladores automáticos.

O tempo de descongelamento deve ser padronizado em 30 segundos para palhetas médias e em 20 segundos para palhetas finas. Após isso, secar a palheta com papel toalha limpo e cortar a ponta em corte reto com auxílio de cortador específico.

O corte em bisel (diagonal) poderá contribuir com que a palheta se solte da bainha, acarretando refluxo do sêmen para a própria bainha, diminuindo as chances de sucesso da inseminação.

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Preparação do animal

Com a matriz devidamente contida, higienize a região da vulva com água e/ou papel toalha evitando que contaminações sejam direcionados para o interior do aparelho reprodutivo da fêmea bovina.

O aplicador deve ser inserido em uma angulação próxima a 45°. Isso facilita o seu direcionamento e evita lesões.

Após a a realização da inseminação

Finalizada a inseminação, sempre limpe o aplicador com álcool, principalmente o êmbolo, que entra em contato com o material do interior da palheta. Ao final, guarde todo o material utilizado na caixa de inseminador, protegendo contra sujidades.

A higiene em todo o processo, desde a retirada do sêmen do botijão até a limpeza da vaca, é de extrema importância para o sucesso da técnica e para evitar problemas à saúde do trabalhador, do animal e à qualidade do sêmen.

Conclusão

A implementação adequada e bem estruturada da inseminação artificial nos bovinos pode trazer grandes benefícios para a fazenda.

Condições básicas a nível de reprodução, no entanto, devem ser atendidas primeiro para que o sucesso da inseminação se faça real. Alimentar bem as vacas, garantir a sua saúde e o seu conforto são algumas dessas condições.

Além disso, premissas de organização e higiene devem ser adotadas antes, durante e após a inseminação, de modo a não comprometer o seu resultado.

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Bruno Guimarães

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