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Vaca de corte em uma fazenda

Suplementação de vacas de cria a pasto: quando e como fazer

A produção de bovinos de corte é nitidamente importante para o agronegócio brasileiro. A demanda por produtos de origem animal, em âmbito global, tem proporcionado novas oportunidades para o setor, porém, ao mesmo tempo, novos desafios surgem, sobretudo quanto à necessidade de melhoria na eficiência de produção.

No Brasil, a alimentação de bovinos de corte está baseada em pastagens, constituindo a principal fonte de nutrientes para os animais durante todo o ano.

Entretanto, em muitas situações, o uso exclusivo destas gramíneas não tem admitido a maximização da produção animal, dada a oscilação de qualidade e quantidade da forragem intrínseca ao clima tropical. Dessa forma, surge a necessidade de suplementação alimentar.

 

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Melhoria na suplementação de vacas de cria

Nessa perspectiva, uma categoria animal que merece atenção dos produtores, são as vacas de cria, uma vez que a manutenção e/ou melhoria no desempenho reprodutivo e produtivo destes animais é fundamental para melhoria nos índices aludidos.

Segundo os pesquisadores Bellows e Short em sua pesquisa em 1994, ao final da estação de monta, muitas vacas não estão prenhes e isso é uma das causas de maiores prejuízos no segmento de bovinocultura de corte de ciclo completo.

Em muitas situações o não retorno à atividade reprodutiva pode ser motivo de descarte da matriz. Além disso, a partir do conhecimento prévio sobre a partição de energias, sabe-se que a atividade reprodutiva é a menos prioritária.

Assim, a nutrição tem sido ponderada como um dos fatores determinantes da duração do anestro pós-parto em bovinos de corte.

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As vacas diagnosticadas como vazias ao final da estação de monta e que não for definido descartá-las, devem adquirir e/ou manter escore de condição corporal que permita o retorno à atividade reprodutiva no início da estação de monta seguinte.

Com isso, o uso de suplementos de baixo consumo é fundamental no manejo nutricional adequado para promover ganhos moderados e/ou manter a condição corporal destes animais a custos compatíveis.

Reaver o escore de condição corporal pós-parto pode ser muito custoso, pois a estação de parição comumente coincide com o fim do período seco, quando a quantidade e a qualidade de forragens disponíveis são ainda pequenas, demandando uma maior quantidade de suplementos.

Além disso, as exigências nutricionais das matrizes são grandes, devido à gestação e produção de leite em sua maioria. Desse modo, entende-se a importância de melhorar a condição corporal das vacas antes do parto, uma vez que, além das solicitações de nutrientes serem menores, há o efeito anabólico causado pela progesterona, hormônio responsável pela manutenção da gestação.

Dessa maneira, consegue-se um maior ganho de peso com uma suplementação menor. Fêmeas parindo em bom estado nutricional são fundamentais para uma nova cria e se obter bons índices reprodutivos futuros.

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O objetivo de suplementar a vaca pós-parto, que normalmente coincide com o período seco, é aprimorar o desempenho animal, melhorando a utilização da pastagem disponível.

A estratégia usada é fornecer uma pequena quantidade de nutrientes que favoreçam os microrganismos do rúmen e, consequentemente, aumento no consumo e na digestibilidade. Assim, utilizam-se suplementos que contenham teores de proteína bruta acima de 40%.

Além da fonte proteica e mineral, a adição de uma fonte energética colabora no consumo do suplemento e fornece a oferta de esqueletos carbônicos no rúmen. Nessa situação, o uso da ureia acima de 30% do PDR total é aceitável.

Em geral, em época de chuva, apenas a pastagem cultivada é suficiente, desde que bem manejada e suplementada com uma mistura mineral adequadamente balanceada.

Ingredientes utilizados como suplementos para vacas de criaPortanto, é válido salientar que o produtor precisa estar consciente da importância de oferecer aos animais pastagens de boa qualidade, manejadas corretamente.

Considerações sobre a suplementação de vacas de cria

Deve-se levar em consideração que qualquer tomada de decisão relativa à suplementação alimentar de vacas deve ser precedida de um planejamento cauteloso, com ênfase na análise econômica, uma vez que os custos dessa suplementação podem ser elevados.

No entanto, as necessidades de cada categoria são importantes, inclusive das matrizes, uma vez que a manutenção e/ou melhoria no desempenho reprodutivo e produtivo destes animais é essencial para melhoria nos índices esperados pelo pecuarista.

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