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Vacinas reprodutivas para bovinos de corte: conheça as principais

Morte de bezerros, abortos, reabsorção embrionária, nascimento de bezerros fracos e morte de vacas em reprodução são cenas comuns no dia a dia das fazendas.

Muitas dessas mortes, cerca de 90%, são frequentemente atribuídas a “picadas de cobra”, sem considerar as doenças reprodutivas como possíveis causas. Estas doenças podem ser provocadas por diversos agentes infecciosos, resultando em perdas significativas que afetam diretamente a rentabilidade do negócio e podem comprometer a atividade de cria na fazenda.

As vacinas reprodutivas são essenciais para os pecuaristas minimizar esses riscos.

 

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Quais as principais vacinas reprodutivas e quando são utilizá-las?

As vacinas reprodutivas são fundamentais para o controle e prevenção dessas enfermidades. Além das vacinas, é essencial adotar medidas preventivas como boa nutrição e manejo adequado do ambiente.

As vacinas estimulam o sistema imunológico a desenvolver imunidade específica contra os agentes presentes em sua composição, controlando a disseminação desses agentes entre os animais.

As principais vacinas reprodutivas utilizadas na pecuária de corte são:

  • IBR (Vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina, Vulvovaginite pustular infecciosa dos bovinos)
  • BVD (Vírus da diarreia viral bovina)
  • Leptospirose(Leptospira hardjo, L. pamonha, L. wolffi, L. canicola, L. grippotyphosa, e L. icterohaemorrhagiae)
  • Brucelose (Suspensão liofilizada de germes vivos da Brucella Abortus)

A aplicação das vacinas deve ser prevista no calendário sanitário da fazenda, visando manejos vacinais eficientes alinhados às demandas da propriedade. É essencial aplicar as vacinas corretamente, manter um manejo adequado, especialmente das vacinas que necessitam de refrigeração, e garantir o bem-estar dos animais para a eficiência vacinal.

Antes do dia da vacinação, faça um checklist dos materiais necessários para o manejo ocorrer sem interrupções.

IBR e BVD

Recomenda-se a vacinação a partir dos três meses de idade, com reforço após quatro semanas e revacinação anual em dose única. Vacine os animais em reprodução um mês antes do início da estação de monta.

Leptospirose

A primeira dose deve ser aplicada entre quatro e seis meses de idade, com reforço após quatro semanas. Todos os animais do rebanho devem ser vacinados a cada seis meses ou conforme a casuística da fazenda, como casos de morte por leptospirose, presença de ratos e orientação do médico veterinário.

Brucelose

A vacina B19 é aplicada em dose única somente em fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. A vacina RB51 pode ser aplicada em fêmeas com mais de 8 meses, ambas em dose única. A vacinação deve ser realizada por um médico veterinário habilitado, conforme a legislação.

Importância do manejo vacinal

O melhor manejo vacinal é aquele que se adequa ao calendário sanitário e reprodutivo da fazenda. Em locais com uma estação de monta estabelecida e previsibilidade nos nascimentos, o calendário vacinal de vacas e bezerros fica alinhado e não interfere em outros manejos.

Antes da estação de monta, sempre manuseie as fêmeas e atualize suas vacinas, incluindo vermifugação e vacinas reprodutivas como IBR/BVD e leptospirose. Nos bezerros, o ideal é vacinar quando eles tiverem mais de 3 meses de vida, para evitar que a imunidade adquirida através do colostro reduza a eficiência da vacinação.

O manejo aos 120 dias tem mostrado bons resultados, permitindo a atualização das vacinas reprodutivas e vermifugação tanto em fêmeas quanto em machos.

Como escolher a melhor vacina reprodutiva?

Para escolher a melhor vacina e prevenir problemas reprodutivos no seu rebanho, considere estas dicas práticas e eficazes:

  1. Busque apoio técnico: escolha vacinas recomendadas por veterinários e especialistas de confiança;
  2. Garanta imunidade eficiente: opte por vacinas que ofereçam proteção comprovada e abrangente contra as principais doenças reprodutivas;
  3. Prefira cepas selecionadas: verifique se a vacina contém cepas específicas para as necessidades da sua região e do seu rebanho;
  4. Certifique-se da biosseguridade: escolha vacinas com testes rigorosos de segurança e eficácia para evitar efeitos colaterais indesejados;
  5. Proteção abrangente: selecione vacinas que protejam contra o maior número possível de doenças reprodutivas, otimizando a saúde do seu rebanho.

Lembre-se, uma escolha bem informada das vacinas não só melhora a saúde dos seus animais, mas também aumenta a rentabilidade da sua produção.

Considerações finais

As perdas reprodutivas e animais raquíticos causam um grande impacto negativo na lucratividade do negócio.

O custo para realizar o manejo vacinal é irrelevante em comparação à perda de matrizes ou bezerros. Além disso, é importante estar atento a doenças como a leptospirose, que além de prejudicar o rebanho, coloca em risco a saúde do vaqueiro e do consumidor.

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Marisa Rodrigues - Equipe Corte

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