Rehagro Blog
Gado de corte em uma propriedade

Como garantir uma pecuária lucrativa? Gestão efetiva é o caminho!

Ser efetivo é fazer certo, as coisas certas e com qualidade. Na prática significa ter sucesso no objetivo traçado e, ao mesmo tempo, fazer uso racional e inteligente dos recursos para chegar a esse objetivo. Esses recursos podem ser financeiros, humanos, insumos ou o próprio tempo.

A metodologia de gestão efetiva que o Rehagro utiliza nos clientes de consultoria é baseada no tripé: gestão financeira/econômica, gestão técnica e gestão de pessoas.

 

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Gestão financeira/econômica na pecuária de corte

Para se ter uma gestão financeira/econômica confiável, necessariamente é preciso ter fluxo de caixa e conciliação bancária, isso é básico.

Imagine a seguinte condição: em um determinado mês na fazenda haverá um desembolso maior que a entrada de R$ 90.000,00, e ela não possui capital de giro, precisamos decidir, deixar a fazenda entrar no cheque especial ou adiantar em um mês a saída de quarenta animais do semiconfinamento?

Levando em consideração que a fazenda consegue uma taxa de 4,4% a.m., que esta diminuição no tempo de um mês no semiconfinamento gera perda de 0,87@/cabeça e que o preço da @ na região está R$ 185,00, precisamos decidir: deixar a fazenda entrar no cheque especial ou antecipar parte da venda?

Neste caso os juros que a fazenda pagaria utilizando o cheque especial seria R$ 3.960,00, no caso da antecipação da venda dos animais deixaria de ganhar: 40 animais x 0,87@/animais x R$ 185 = R$ 6.438,00.

Está claro pelas contas que deixar entrar no cheque especial gera menor prejuízo, mas se esta fazenda trabalhasse com planejamento financeiro anual e já tivesse previsto esta necessidade de capital e planejado uma alternativa de crédito mais barata, uma linha, com taxa de 0,95% a.m. o que seria mais interessante? Taxa mais barata ou antecipar a venda dos bois? Sabendo que os juros pagos nesta linha seriam de R$ 855,00 no período, podemos perceber neste simples relato, como a gestão financeira/econômica pode evitar desembolsos desnecessários.

O perfil do pecuarista é trabalhar com menor nível de endividamento, fazendo com que tomem decisões precipitadas e vendam animais fora do momento ideal, não conseguindo enxergar o prejuízo, pois estes valores não contabilizam em sua conta bancária.

É o famoso deixar de ganhar. Consideramos este deixar de ganhar como um dos principais fatores que reduzem o lucro da atividade, por isso devemos ter atenção às oportunidades.

Tendo o orçamento baseado em uma evolução de rebanho bem dimensionada, análise de cenários rotineiros para entender as melhores oportunidades do mercado, buscamos nos livrar do deixar de ganhar.

Manual de fluxo de caixa para fazendas de gado de corte

Gestão técnica de uma propriedade

Associar a gestão técnica aos números gerados nos controles financeiros/econômicos traz efetividade à empresa.

Na tabela a seguir estão apresentadas informações da Fazenda A (recria/engorda), separando as informações da área própria das áreas arrendadas. No final da tabela comparamos com indicador, que representa números de outra propriedade que pode servir como parâmetro de comparação.

Tabela finanças da pecuária de corte

Ao compararmos os números da fazenda A com o Indicador vemos que tanto os números da parte própria como da arrendada tem oportunidades de melhoria. Repare nos indicadores: taxa de lotação, produção de @/hectare, custo da @, custo operacional + alimentar/dia.

É possível notar nestas análises que as fazendas que têm menor produção de @/hectare estão apresentando os piores resultados. Mostrando claramente que estas áreas não estão otimizando seus recursos e muito menos diluindo seus gastos.

É evidente a oportunidade que existe em aumentar a produção de @/hectare. Por que não otimizar os gastos com esses arrendamentos de piores resultados em uma intensificação nas áreas próprias, garantindo maiores produtividades, melhorando taxa de desfrute e redução de custos?

Vejam que o foco não está em diminuir custo e sim em otimizá-lo. O custo operacional de todas as áreas é muito próximo, mas o que faz o custo/@ da fazenda indicador ser mais baixo? Otimização dos gastos. Gastar com o que se deve: aquilo que vira arrobas.

Vejam que o custo operacional + alimentar/mês é maior na fazenda indicador, mostrando que ela gasta com itens que trazem resultados, geram produção de arrobas. Com o que você tem gastado seu dinheiro? Com itens que estão ligados à produção ou com itens que estão ligados à manutenção e imobilização patrimonial?

Curso Gestão na Pecuária de Corte

Gestão de pessoas em uma propriedade de gado de corte

O elo que reúne todas as pontas de uma empresa são as pessoas e, portanto, também deve ser olhado com atenção, afinal de contas, são pessoas que colocam o planejamento em prática e fazem as operações acontecerem.

Rodando o Brasil de norte a sul, a principal queixa que escutamos de proprietários, gerentes e técnicos é sobre a motivação e engajamento das pessoas da equipe. Pois bem, ao falarmos em motivação temos sempre que lembrar dos seus pilares: intensidade, direção e persistência.

A intensidade se refere a quanto esforço a pessoa despende. A direção corresponde a motivado a que? Pode ser organizacional ou pessoal. A intensidade só traz resultados favoráveis se for orientada e a persistência corresponde à medida de quanto tempo a pessoa pode manter esse esforço.

Nesta mesma conversa com proprietários, gerentes e técnicos fazemos algumas perguntas:

  • Qual deverá ser o ganho de peso médio nas águas? E na seca?
  • Quantos bezerros teremos para vender esse ano?
  • Qual o lucro líquido esperado/hectare?
  • Quantos % da área de pastagem renovaremos a cada ano?

Em mais de 80% das empresas essas respostas não estão prontas. É claro que isso tem um impacto grande no time. A ausência de direção aos poucos mina a intensidade que por sua vez afeta a persistência.

O que temos usado como ferramentas para apoio no direcionamento e engajamento da equipe? Basicamente são duas ferramentas: reunião semanal e agenda macro.

Na reunião semanal, discutimos assuntos/tarefas que tinham que ter sido resolvidos na semana, se foram resolvidos, ótimo, se não foram, focamos no entendimento da causa e tratamos.

Também na reunião semanal planejamos as tarefas para os próximos quinze dias, é nessa hora que criamos oportunidade de as pessoas falarem, contribuírem com seu conhecimento/bagagem e, caso necessário, alinhamos alguns desvios de entendimento. A reunião semanal é direta, com pauta padrão e não dura mais do que quarenta minutos.

Já a Agenda Macro, é uma ferramenta de planejamento e acompanhamento das tarefas. Uma vez por ano, montamos o calendário das tarefas gerando um painel, organizando as tarefas nos meses que precisam ser realizadas levando em consideração aspectos técnicos, financeiros e operacionais. Comparando com a agricultura, é como se fosse o planejamento agrícola.

Nesta etapa é fundamental a participação das pessoas envolvidas na realização das tarefas, pois se envolvidas na elaboração das metas/prazos o nível de engajamento é maior, além do mais, é uma ótima forma de alinharmos os modelos de atuação naquele projeto. O gráfico 01 apresenta parte de uma agenda macro e sua gestão na propriedade.

Gestão na propriedade de pecuária de corte

Legenda da tabela de gestão na propriedade de corte

 

 

Para o estabelecimento de uma equipe motivada e engajada é essencial o papel do líder no processo. O líder é a fonte de espelhamento e orientação do time, cabendo a ele estabelecer as diretrizes e apoiar a equipe no desenvolvimento de competências que os ajude a alcançá-las.

Com a gestão efetiva o foco está na entrega dos resultados do projeto, o que não se faz sem planejamento (orçamento), gestão (análise de cenários) e pessoas (engajadas e motivadas).

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Paulo Eugênio

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