Com o final da colheita nas fazendas de café, está na hora de pensar nas adubações. Mas, será que todas as fazendas estão preparadas para o início desse período? A adubação do cafeeiro deve ser planejada de acordo com as análises do solo e dos tecidos foliares e as quantidades variam em função da produção, idade da planta e do tipo de adubo usado, das perdas de nutrientes que venham a ocorrer, entre outros aspectos.
Como os principais nutrientes que a planta exige não são de fontes renováveis, o preço dos fertilizantes está cada vez mais alto, por isso é preciso fazer uma adubação racional no cafeeiro. Para isso, é extremamente importante ter um planejamento, chegar o cisco e fazer amostragens corretas, ou seja, as operações que antecedem a adubação precisam ser bem feitas também.
O conceito de adubação racional é uma nutrição mais adequada dos cafeeiros, por meio do uso conjunto dos variados nutrientes, oriundos dos corretivos e adubos, mas sempre de forma equilibrada e observando as necessidades.
É muito comum ainda as recomendações de adubação do cafeeiro serem feitas por fórmulas diretas, programas no computador, ou seja, mecanicamente, sem analisar a área, as condições edafoclimáticas e as outras particularidades da lavoura. Devido a isso, muitas vezes o produtor trabalha com excesso ou falta de determinados nutrientes.
É necessário procurar trabalhar com o equilíbrio dos nutrientes. Pela ”Lei do Mínimo”, o crescimento e a produtividade das lavouras podem ficar limitados por apenas um ou alguns nutrientes que se encontram em quantidades insuficientes, tornando sem efeito a aplicação de muitos dos demais.
(Lepch, 1976)
Parâmetros utilizados na adubação da cafeicultura
Diversos estudos foram realizados para determinar a correlação entre o potencial produtivo das lavouras e os níveis de nutrientes disponíveis. A tabela abaixo traz as faixas dos teores de nutrientes no solo serem comparados com a análise de solo.
Fonte: MATIELLO, SANTINATO, GARCIA, ALMEIDA, FERNANDES. Cultura de café no Brasil. Novo Manual de Recomendações. Ed 2005.
Depois de ter em mãos a análise de solo e verificar em que faixa ele se enquadra, existem vários teores recomendados para se trabalhar em um solo. A tabela a seguir mostra um parâmetro dos teores considerados ideais e a partir dela é possível fazer a recomendação dos corretivos para a lavoura.
Lembrando que essa tabela é somente uma sugestão de teores médios de nutrientes no solo considerado como teores básicos para se ter uma boa produção e um bom retorno econômico na atividade. Porém, esses teores variam de acordo com cada premissa e cada particularidade de fazenda, gleba, etc.
É extremamente importante não olhar os nutrientes dessa tabela de forma separada e lembrar que cada nutriente não tem ação sozinho. Eles se interagem e a falta de equilíbrio entre eles pode causar antagonismos.
Cada técnico utiliza seu parâmetro na hora de recomendar devido à experiência prática e técnica de cada um. Porém, é importante sempre buscar a máxima produtividade econômica. Lembre-se de que a curva de resposta dos nutrientes versus planta não é linear.
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