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Animais em um confinamento

Pneumonia em bovinos confinados: o que você precisa saber

Na pecuária de corte, a pneumonia representa um desafio significativo para a saúde e o bem-estar dos animais.

A pneumonia, frequentemente desencadeada por agentes infecciosos como vírus, bactérias e micoplasmas, pode resultar em perdas econômicas substanciais para os produtores, devido a diminuição da produção de carne, até o aumento dos custos de tratamento e a mortalidade do rebanho.

Este texto aborda os aspectos relacionados à prevenção, tratamento e gestão da pneumonia em um confinamento, destacando práticas de manejo, medidas de biossegurança, uso de vacinas e estratégias de saúde animal para mitigar os impactos negativos da doença e promover a produtividade sustentável na pecuária de corte.

 

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Quais são os sintomas e como identificar os animais doentes?

Os principais sintomas da pneumonia em bovinos incluem uma série de comportamentos que afetam a saúde e o bem-estar do animal.

Inicialmente, observa-se um quadro de depressão, em que o animal tende a se isolar do grupo, demonstrando um comportamento menos ativo e mais retraído. Além disso, a perda de apetite costuma ser um sintoma comum, evidenciado pelo afastamento do cocho enquanto os outros animais se alimentam.

Outros sinais visíveis são o corrimento nasal e ocular, indicativos da presença de secreção nas vias respiratórias, bem como a manifestação de febre, caracterizada pela postura arrepiada e a proximidade do animal com o cocho de água.

Por fim, a dificuldade para respirar, muitas vezes comparada ao som de uma “batedeira”, é um sintoma crítico que requer atenção imediata, pois pode indicar um estágio avançado da doença e comprometer seriamente a saúde do animal.

Bovino com sintomas de pneumonia

Fonte: Zoets 

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Identificação da pneumonia nos bovinos

Durante o período de confinamento, a identificação eficiente da pneumonia em animais requer a implementação de rondas sanitárias diárias.

Essas rondas são conduzidas de duas formas distintas:

  1. Ronda macro: realizada com o auxílio de motos ou quadriciclos, tem como objetivo identificar animais mortos, caídos e/ou apresentando sinais clínicos exacerbados.
  2. Ronda micro, conduzida com equinos, asininos ou a pé, visa fazer uma inspeção minuciosa nos lotes de animais para detectar indivíduos enfermos que possam ter passado despercebidos durante a ronda macro.

Os animais identificados como doentes são encaminhados para tratamento adequado, enquanto os casos mais graves são direcionados para o curral ou piquete “enfermaria”, onde recebem atenção especializada e monitoramento contínuo para garantir uma recuperação eficaz e minimizar os impactos da pneumonia na saúde do rebanho.

Qual a época do ano de maior prevalência da pneumonia no confinamento?

Na época seca do ano, observa-se uma maior prevalência da pneumonia, devido à combinação de diversos fatores de risco. A poeira, comum durante esse período, pode irritar as vias respiratórias dos animais, tornando-os mais suscetíveis a infecções respiratórias.

Além disso, as inversões térmicas características da estação seca podem contribuir para a concentração de poluentes no ar, agravando ainda mais as condições respiratórias dos animais. O estresse do transporte, também pode enfraquecer o sistema imunológico dos animais, aumentando sua vulnerabilidade à pneumonia.

Assim, a época seca do ano representa um momento crítico para a ocorrência e disseminação da doença, exigindo medidas preventivas e de manejo adequadas para proteger a saúde do rebanho.

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Como prevenir a pneumonia?

Para garantir a saúde do rebanho e prevenir a ocorrência de pneumonia no confinamento, são adotadas práticas específicas de manejo sanitário.

Logo na recepção dos animais, ao descerem do caminhão, é importante que sejam direcionados para o acesso a água e comida. Além disso, nesse primeiro momento é importante que a dieta oferecida se assemelhe o máximo possível ao pasto, incentivando o consumo de matéria seca e facilitando a adaptação dos animais ao novo ambiente.

Após a chegada, é recomendado um período de descanso de 5 a 7 dias antes de iniciar o protocolo de entrada. Durante esse tempo, os animais têm a oportunidade de se aclimatarem e recuperarem do estresse do transporte.

O protocolo de entrada, que ocorre após esse período de descanso, inclui a aplicação de vacinas respiratórias contendo cultura viva atenuada, visando fortalecer a imunidade dos animais contra agentes infecciosos respiratórios.

É fundamental que as vacinas sejam adequadamente acondicionadas em caixas fechadas de isopor com gelo durante a lida, com tempo de utilização limitado a até duas horas devido à natureza das vacinas vivas. Além disso, medidas como a aspersão nas baias e nas estradas do confinamento são realizadas para reduzir a poeira, um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de problemas respiratórios.

Por fim, a aclimatação dos animais ao ambiente do confinamento é um processo contínuo e essencial para minimizar o estresse e promover a adaptação saudável dos animais ao novo sistema de criação. Por meio dessas práticas de manejo sanitário, busca-se garantir a saúde e a produtividade do rebanho, prevenindo a incidência de pneumonia e outros problemas de saúde no confinamento.

Conclusão

Em resumo, a pneumonia representa um desafio significativo na pecuária de corte, especialmente durante os períodos de seca.

Para mitigar os riscos associados à doença, é essencial implementar um manejo sanitário eficaz desde a recepção dos animais até a aclimatação ao ambiente do confinamento. Isso inclui medidas como a oferta imediata de água e comida semelhante ao pasto para estimular o consumo de matéria seca, o descanso dos animais após a chegada para reduzir o estresse do transporte, e a aplicação de vacinas respiratórias durante o protocolo de entrada.

Além disso, acondicionar as vacinas de forma adequada e reduzir a poeira por meio de aspersão nas baias e estradas do confinamento são práticas essenciais. A aclimatação contínua dos animais ao novo ambiente também desempenha um papel crucial na prevenção da pneumonia e na promoção da saúde do rebanho como um todo.

Ao adotar essas medidas de manejo sanitário, os produtores podem minimizar os riscos de incidência de pneumonia, protegendo assim a produtividade e o bem-estar dos animais no confinamento.

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