Ao longo dos anos, com o aumento da capacidade de produção de leite das vacas especializadas, os problemas reprodutivos também vêm crescendo gradativamente.
Tais problemas reprodutivos passam por:
- Redução nas taxas de concepção;
- Atrasos na primeira ovulação pós-parto;
- Redução na duração e/ou intensidade do estro;
- Aumento da ocorrência de partos gemelares;
- Aumento da incidência de cistos foliculares.
Normalmente, toda vaca recém parida passa por um período no qual não ocorrem ovulações em períodos regulares, podendo, entretanto, se estender até o terço inicial da lactação ou se prolongar no decorrer do período lactacional, como no caso da ocorrência de cistos foliculares.
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O que são os cistos foliculares?
Cistos foliculares são folículos que não ovularam e continuam seu crescimento, atingindo um diâmetro mínimo de 20 mm, persistindo por pelo menos 10 dias e com ausência de corpo lúteo. Podem ocorrer casos isolados ou múltiplos em um mesmo ovário ou nos dois.
Historicamente, os cistos ovarianos eram associados à ninfomania, ou seja, os animais com presença de cisto apresentavam cios irregulares e muitas vezes constantes, geralmente com manifestação acentuada.
Atualmente, o que se vê com maior frequência são animais que não apresentam comportamento estral e têm a patologia identificada no exame ginecológico para diagnóstico de gestação ou avaliação rotineira de animais vazios.
Os cistos são formados devido a falhas no processo fisiológico de regulação da ovulação, que envolve uma comunicação hormonal entre Hipotálamo, Hipófise (Pituitária) e Ovários, chamado eixo reprodutivo:
Eixo reprodutivo dos bovinos. (Fonte: adaptado de Anais XV Novos Enfoques)
Nas vacas císticas, o estradiol não consegue estimular o hipotálamo a liberar GnRH e, consequentemente, não há pico de LH e ovulação.
A maioria dos animais com presença de cistos apresenta concentrações anormais de progesterona na circulação sanguínea, o que provavelmente interfere na capacidade do estradiol estimular o hipotálamo a liberar GnRH.
Em animais com presença de cistos foliculares e concentrações anormais de progesterona, é comum o aparecimento de novos cistos, que muitas vezes substituem os cistos mais velhos. A esse fenômeno dá-se o nome de “turnover”. Para a eliminação dos cistos é interessante eliminar o turnover entre eles.
Pesquisas apontam que em vacas císticas existem células produtoras de progesterona na parede folicular, o que leva aos níveis anormais de progesterona na circulação e consequente formação dos novos cistos. Porém, a origem do primeiro cisto ainda não está completamente definida.
Como tratar os cistos foliculares?
Atualmente, não é possível prevenir a ocorrência de cistos foliculares, uma vez que não se conhece exatamente os fatores envolvidos na sua formação inicial.
Dessa forma, a melhor maneira de reduzir os prejuízos causados pela ocorrência dessa condição anovulatória nas vacas de leite é identificar e tratar os cistos o mais cedo possível.
A avaliação reprodutiva periódica das vacas permite uma identificação das estruturas císticas, facilitando a tomada de decisão quanto ao tratamento a ser empregado para eliminação da condição.
O tratamento dos cistos ovarianos normalmente é baseado na administração de GnRH, que elimina a capacidade funcional do cisto. Para se evitar a formação de um novo cisto após a administração de GnRH, é interessante a aplicação de prostaglandina F2α, que elimina as células produtoras de progesterona.
Também é indicado administração de uma nova dose de GnRH ou Estradiol, que induz a uma nova ovulação. Em resumo, para o tratamento de cistos foliculares indica-se a utilização de um protocolo de sincronização de ovulação.
A ocorrência de cistos foliculares se tornou comum nos rebanhos atuais, principalmente nos animais mais especializados para a produção de leite. Seu maior impacto econômico está no aumento dos dias em aberto do animal, com aumento do período de serviço e consequente aumento no intervalo entre partos.
A identificação precoce e o tratamento da patologia são as melhores formas de reduzir o impacto da ocorrência dos cistos nos animais produtores de leite.
Exemplo de protocolo tipo Ovsynch
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Olá. Tenho algumas poucas vacas leiteiras, e optei por fazer inseminação artificial. Tinha um Touro, mas propriedade pequena não compensa. As 2 ultimas o veterinário fez. Mas não deu certo. Tem uma que está tendo cio constante. Ele me falou que é custo folilucar. Ela está muito atrasada, a última cria já está com 8 meses. O que me sugerem?
Olá! Tenho uma novilha gir, ela não manifesta cio, foi feito um ultrassom e descoberto 2 cistos enormes nos ovários. Fizemos um protocolo mais não tivemos bons resultados.
O que devo fazer? Tem tratamento?
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