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Interpretação de análise de solo

Parâmetros para se trabalhar na interpretação de uma análise de solo

A análise de solo é como uma bússola, que indica em qual direção devemos seguir para garantir que o cafeeiro tenha acesso a todos os nutrientes que precisa para alcançar eficiência máxima em produtividade!

Nesse sentido, após a realização da amostragem do solo e envio da amostra para o laboratório, recebemos um laudo repleto de números, mostrando a quantidade de cada nutriente.  

E, nesse momento, pode bater aquela dúvida: e agora?

Os teores indicados estão ruins, bons ou ideais?

Saiba quais são os parâmetros usados nessa avaliação!

 

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Homem retirando uma amostra de solo para análise

É muito importante conhecermos os teores que devemos buscar nos solos. Como a lei no mínimo aborda, aquele nutriente em menor disponibilidade irá afetar a produtividade da cultura

Dessa forma, de nada adianta termos altos teores de um determinado nutriente no solo, enquanto temos outro nutriente extremamente escasso, com valores abaixo dos níveis ideais. 

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pH – Potencial hidrogeniônico

O potencial hidrogeniônico se refere à concentração de H+ em uma solução. A escala de pH varia entre 0 – 14, em que quanto menor o valor, mais ácido, e quanto maior o valor, mais básico. Para o solo, buscamos trabalhar com um pH em água entre 6,0 – 6,5.

Potássio – K

O potássio, em mg/dm3, buscamos trabalhar com teores superiores a 120 mg/dm3 no solo. Se a unidade de medida for cmolc/dm3, o valor deve ficar em torno de 0,30 cmolc/dm3.

Vale destacar, que para o potássio, devemos estar atentos ao equilíbrio dos nutrientes Ca:Mg:K no solo, sempre se atentando e buscando relações de 9:3:1 ou 25:5:5.

  • cmolc/dm3 para mmolc/dm3, devemos multiplicar por 10. 
  • mmolc/dm3 para cmolc/dm3, devemos dividir por 10.
  • mg/dm3 para cmolc/dm3, devemos dividir o valor em mg/dm3 por 391.

Fósforo – P

Para o fósforo, o resultado desse nutriente pode ser dado utilizando o extrator mehlich 1 ou resina (em alguns locais deve ser solicitado a análise com esse extrator).

O extrator resina apresenta um resultado de P mais fidedigno da realidade, quando comparado ao extrator mehlich 1.

Quando utilizado o extrator resina, buscamos trabalhar com teores acima de 40 mg/dm3 no solo.

Quando utilizado o extrator mehlich 1, buscamos trabalhar com teores acima de 30 mg/dm3 no solo.

Cálcio – Ca

Para o cálcio, buscamos trabalhar no solo acima de 3,0 cmolc/dm3, devendo também ficar atento ao equilíbrio de Ca:Mg:K mencionado acima, devido a esses nutrientes competirem pelo mesmo sitio de absorção.

  • cmolc/dm3 para mmolc/dm3, devemos multiplicar por 10. 
  • mmolc/dm3 para cmolc/dm3, devemos dividir por 10.

Magnésio – Mg

Para o magnésio, buscamos trabalhar no solo, com teores acima de 1 cmolc/dm3.

  • cmolc/dm3 para mmolc/dm3, devemos multiplicar por 10. 
  • mmolc/dm3 para cmolc/dm3, devemos dividir por 10.

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Boro

O boro é um micronutriente, em que o ideal é trabalharmos com teores acima de 1,0 mg/dm3 no solo.

Alumínio – Al

O alumínio é um elemento tóxico às raízes, por isso, o ideal é que seu valor no solo seja de 0 cmolc/dm3.

  • cmolc/dm3 para mmolc/dm3, devemos multiplicar por 10. 
  • mmolc/dm3 para cmolc/dm3, devemos dividir por 10.

Importante: em alguns locais, o resultado da análise é dado em mmolc/dm3 e em outros laboratórios é dado em cmolc/dm3, por isso, abaixo de cada nutriente está como transformar as unidades de um para outro.

Lembre-se!

O manejo do solo é fundamental para o sucesso da produção, desde seu preparo para a implantação até a adubação de produção.

A partir de uma boa interpretação da análise do solo, podemos partir para a elaboração de uma estratégia de adubação racional, oferecendo ao cafeeiro tudo o que ele precisa para alcançarmos safras cada vez mais produtivas!

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Larissa Cocato - Coordenadora de Ensino Café

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