Produtores de soja e milho querem que suas lavouras expressem seu potencial de produção e isso depende muito do período inicial de estabelecimento das culturas.
Assim, a qualidade das sementes é importante para atingir qualidade da lavoura e isso reflete em mais produção e mais ganhos.
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Para que uma semente de soja ou milho possa ser considerada de alta qualidade, deve apresentar:
- Altas taxas de vigor, germinação e sanidade;
- Garantias de pureza física e varietal (genética);
- Não conter sementes de plantas daninhas.
Esses fatores respondem pelo desempenho da semente no campo, podendo ser avaliadas pelo estabelecimento da população de plantas desejadas para cada cultivar de soja e/ou híbrido de milho e indicadores de desempenho, tais como:
- Palatabilidade;
- Porcentagem de falhas, duplas e aceitáveis;
- Coeficiente de variação (população instalada sendo avaliada no V3, ou seja, é importante conhecer bem os estádios fenológicos).
Avaliação do estabelecimento de lavouras de soja e milho.
Como aqui, o foco é a semente, fatores como fase reprodutiva e polinização do milho, não serão avaliados.
Qualidade fisiológica da semente de soja e milho
Os lotes de sementes devem ser testados em laboratórios para avaliações por metodologias regulamentadas por lei. Com o resultado das análises, é gerado um Laudo de Análise de Sementes (LAS) que apresenta também a validade do teste de germinação.
De acordo com a IN 45 de 17/09/2013, sementes de soja devem apresentar germinação mínima de 80% e do milho 85%. A validade dos testes de germinação e infestação é de 12 meses. É permitido por lei a reanálise com prazo de validade de oito meses.
O teste de germinação avalia a capacidade da plântula germinar e o teste de vigor a capacidade da plântula desenvolver em condições anormais.
A maioria das lavouras de soja e milho no Brasil são conduzidas em regime de sequeiro e que aumenta o risco de déficit hídrico, então o uso de sementes vigorosas é fundamental e aumenta a probabilidade de sucesso.
Para avaliação do vigor das sementes de soja, o teste mais realizado é o de tetrazólio que informa a viabilidade (germinação potencial), índice de vigor e causas da perda da qualidade fisiológica e o de envelhecimento acelerado que prediz o potencial de armazenamento do lote.
O vigor das sementes de milho é avaliado através do teste a frio, testando a germinação à 10°C e analisando se ela germina nessas condições de temperatura.
Teste de germinação na fazenda
Ao adquirirem lotes de sementes, os produtores precisam amostrar esse lote e encaminhá-lo a um laboratório, para análise de germinação e comprovar a alta qualidade.
Utilizar terra coletada da camada superficial de 0-20 cm, proveniente de áreas com histórico de boas produtividades, sem problemas fitossanitários, com qualidade química, física e biológica.
A terra deverá ser seca, desboroada, peneirada e acondicionada em canteiros de 10 a 15 cm. Abrir sulcos com 3,0 cm de profundidade e de 1,5 a 2,0 m de comprimento espaçados em 10 a 15 cm entre eles, onde serão colocadas as sementes para o teste.
Utilizar quatro repetições de 100 sementes cada por amostra, e cada repetição em um sulco, com sementes bem espaçadas entre si.
Após a semeadura, cobrir os sulcos e todas as sementes com terra peneirada com, no máximo, 4 cm de profundidade.
A irrigação inicial não deve ser feita imediatamente após a semeadura, mas sim na manhã seguinte com cerca de 10 mm, realizando-se irrigações diárias sucessivas, para repor a água evapotranspirada, até o teor de água do solo alcançar a capacidade de campo.
As contagens do porcentual de emergência poderão ser realizadas em dois períodos: ao 5º ou 6º dia, após a semeadura e ao 8º ou 9º dia. A leitura ao 5º ou 6º dia poderá ser utilizada como um índice de vigor: quanto maior a porcentagem de plântulas emergidas, maior o vigor do lote de sementes.
Com a leitura e média dos 4 sulcos de semeadura, faz-se a média e obtém a porcentagem média dessas emergências de plântulas a campo.
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