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Pessoa realizando plantio no solo

Nitrogênio na fertilidade do solo: importância e manejo

O nitrogênio (N) desempenha um papel fundamental na fertilidade das plantas. Raízes, caules e folhas são desenvolvidos, em partes, por ele. Na agricultura, em especial a de grãos, ele é o nutriente de maior demanda.

As culturas, em geral, necessitam que o N₂ atmosférico seja modificado por meio de processos naturais ou em forma comercial de fertilizantes nitrogenados.

Por meio de vários processos biológicos ou industriais de fixação, o N₂ atmosférico é transformado nas formas assimiláveis pelas plantas:

  1. Amônio (NH₄+);
  2. Nitrato (NO₃₂-).

Pode ser fixado também por organismos no solo e em nódulos nas raízes de leguminosas.

 

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Por que o nitrogênio é essencial para fertilidade do solo?

O nitrogênio faz parte da composição de proteínas de plantas e animais. O valor nutricional dos alimentos que ingerimos depende, em grande parte, do fornecimento adequado deste nutriente.

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é exigido pelas culturas em maiores quantidades do que qualquer outro nutriente, exceto potássio (K).

Nitrato e amônio são as principais formas de N absorvidas pelas raízes das plantas.

Embora a quantidade de nitrogênio armazenada na matéria orgânica do solo seja grande, a quantidade decomposta e disponível para absorção pela planta é relativamente pequena. Normalmente, essa decomposição não é sincronizada com a necessidade da planta.

A matéria orgânica libera N lentamente e a taxa é controlada pela atividade microbiana do solo (influenciada por temperatura, umidade, pH e textura).

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Suprimento e fontes de nitrogênio

Em geral, estima-se que para cada 1% de matéria orgânica do solo, são disponibilizados cerca de 20 kg/ha de N.

Um dos produtos da decomposição orgânica (mineralização) é o amônio, que pode ser retido pelo solo, absorvido pelas culturas ou convertido em nitrato. O nitrato é absorvido pelas plantas, lixiviado da zona radicular ou transformado em nitrogênio gasoso e perdido para a atmosfera.

Como a maioria dos solos não pode fornecer quantidades suficientes de nitrogênio para sustentar economicamente o crescimento ótimo e a qualidade da cultura, os fertilizantes comerciais são bastante usados para suplementar suas necessidades.

Esterco, lodo de esgoto e outros resíduos que são fontes de nitrogênio são aceitáveis também, quando disponíveis.

A escolha da fonte de nitrogênio correta deve ser baseada em fatores como:

  • Disponibilidade;
  • Preço;
  • Cultura a ser adubada;
  • Época e método de aplicação;
  • Sistemas de produção e risco de perdas.

Todas as fontes de nitrogênio necessitam de um manejo mais cuidadoso, para o aproveitamento máximo de seu potencial. Quando não manejados corretamente, todas as fontes de nitrogênio podem representar potencial dano ambiental, incluído acúmulo de nitrato em águas subterrâneas e superficiais.

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Fertilizantes nitrogenados

Os fertilizantes nitrogenados são os mais utilizados na agricultura e devido à necessidade da redução de suas perdas por volatilização quando aplicado em superfície, a ureia tornou-se o fertilizante convencional mais utilizado para o desenvolvimento de fertilizantes com eficiência aumentada. Eles podem ser classificados em três categorias:

  1. Estabilizados;
  2. Liberação lenta;
  3. Liberação controlada.

Fertilizantes nitrogenados

Fertilizantes nitrogenados convencionais

Podem ser citados:

  • Ureia;
  • Nitrato de amônio;
  • Sulfato de amônio;
  • Nitrato de cálcio;
  • MAP;
  • DAP, dentre outros.

Fertilizantes nitrogenados estabilizados

Pode-se citar: a ureia tratada com aditivos para estabilização do nitrogênio. Sendo subdivididos em: aditivos para inibição da urease e aditivos para inibição da nitrificação.

Ação de inibidores de urease

Fertilizantes nitrogenados de liberação lenta ou quimicamente modificados

São produtos de condensação da ureia com aldeídos.

Fertilizantes nitrogenados de liberação controlada

São fertilizantes nitrogenados convencionais, como a ureia, com alta solubilidade em água, aos quais são adicionados compostos para o recobrimento do grânulo que serve de barreira física e controla a passagem de nitrogênio por difusão.

Diferença dos fertilizantes

Existem diferenças conceituais entre as tecnologias quando são utilizados os termos liberação lenta e controlada.

  • Os fertilizantes de liberação lenta não têm revestimento, como os fertilizantes de liberação controlada.
  • Diferenças nos preços, pois geralmente os fertilizantes de liberação controlada são mais caros em função do tipo e quantidade de revestimento utilizado no processo de produção.
  • Os fertilizantes de liberação controlada têm a taxa de liberação do nutriente influenciada basicamente pelo tipo e espessura de revestimento, temperatura, umidade do solo e precipitação pluviométrica.

Uso do nitrogênio no milho

A necessidade de adubação com nitrogênio é mais comum do que com quaisquer outros nutrientes. No caso do milho, é o nutriente de maior exigência e de maior custo.

No entanto, sabendo manejar adequadamente o nitrogênio, com base no uso de uma fonte certa, na dose certa, na época correta e no local certo, é possível otimizar a produtividade e o retorno da cultura. Simultaneamente, reduz os riscos de efeitos potencialmente negativos para o ambiente.

Um bom exemplo disso é a adoção de Sistema de Plantio Direto (SPD), por fornecer biomassa à cultura e uma melhor ciclagem de nutrientes. No caso do milho de segunda safra, por exemplo, é comum no Brasil fazer consórcio com braquiária.

Sistemas como esse, trazem diversos benefícios, inclusive econômicos. Alinhar o fornecimento de nitrogênio, com um sistema de preservação e que ainda auxilia contra pragas e daninhas, pode ser promissor, vantajoso e rentável.

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Alessandro Alvarenga

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