Sustentabilidade e ESG: como o mercado está se adaptando?

Se você esteve atuando profissionalmente de alguma forma, em algum setor, em algum lugar do mundo no ano de 2022, com certeza ouviu falar repetidamente de ESG.

No Brasil nos últimos 20 anos, especialmente dentro do setor Agro, sabe o peso que, cada vez mais, a sustentabilidade começa a ter nos nossos negócios, ao ponto de fatores ligados a ela serem usados como barreiras não tarifárias pelos nossos compradores de alimentos e até por consumidores locais.

Como o mundo tem reagido ao tema sustentabilidade?

Anualmente, o CEO da BlackRock, Larry Fink, escreve uma carta aberta a CEOs do mundo todo trazendo alguns tópicos que julga imprescindíveis na pauta das organizações para o ano. A BlackRock é a maior gestora de recursos do mundo, com aproximadamente US$7 trilhões sob sua gestão.

Isso significa mais de 6 vezes o volume de todos os fundos brasileiros, o que faz de Larry Fink uma figura que pode demandar 5 minutos de nossa atenção.

O que é ESG?

Você já leu três vezes nesse texto a sigla ESG. Se não faz ideia do que eu estou falando, a gente resume de forma simples na sequência. Mas cuidado, não é superficial como pode parecer e, a essa altura do jogo, quem é do Agro já deveria saber.

ESG é uma sigla para ‘Social, Environmental e Governance’, ou seja: Social, Ambiental e Governança.

É a evolução de conceitos que vêm sendo discutidos desde a década de 70, tomando forma de métricas para avaliar performance e impacto das organizações na atualidade. Basicamente, como as empresas olham para questões importantes, além de seu resultado econômico.

No mundo corporativo, especialmente para empresas com ações listadas em bolsa, essa conversa toda já é realidade. Quem não começar a fornecer dados concretos sobre temas relacionados ao ESG vai ter dificuldades.

É esperado, inclusive, que grandes fundos como o BlackRock demandam das empresas investidas por eles não só dados concretos, mas também compromissos climáticos.

Como acompanhar as tendências do ESG aqui no Brasil?

É importante ficar de olho nas tendências e acompanhar os movimentos. Ou pelo menos estar próximo de alguém que esteja de olho nesse cenário.

Alguns pontos são vistos como tendência por especialistas na área, entre eles:

• A iniciativa pública passará a pressionar seus parceiros da iniciativa privada cada vez mais com aspectos relativos ao tema;
• É preciso se ligar na questão da água e não somente nas emissões. Mesmo com as mudanças climáticas em curso e com os impactos negativos das emissões dos gases de efeito estufa, o mundo como conhecemos, a curto prazo, não entra em colapso. Mas sem a disponibilidade de água doce, a história é diferente.
• O avanço dos mercados de carbono vai continuar e é preciso ficar de olho para surfar a onda. O valor dos créditos hoje, de acordo com especialistas, é abaixo do potencial existente e do valor necessário para que empresas, cada vez, mais olhem para ele como um ativo. Mas esse valor não para de crescer e teve aumentos expressivos em 2022. A evolução entre 2020 e 2022, do mercado não regulado, principalmente, demonstra que o jogo está sendo jogado globalmente.
• Enquanto o mundo não consolida uma metodologia unificada para mensuração do balanço de carbono, as medidas de ESG (ESG Scores) ganham importância para comunicar os avanços e atender as demandas existentes.
• É preciso ficar de olho no que o mercado chama de greenwashing (lavagem verde). Ou seja, não basta se dizer sustentável ou verde, é preciso comprovar essas ações (aqui quem é do Agro deveria ficar com aquela coceira de quem sabe que já faz muito nesse sentido, mas ainda não conseguiu entender como capitalizar isso).

Como estamos com esse assunto?

Entre siglas esquisitas, conceitos abstratos e muita confusão, o fato é que o tema está posto e precisamos ficar por dentro dele.

O Agro tem papel fundamental nessa conversa, seja na preservação ou produção, tanto agrícola como de ativos ambientais, seja na conservação de fontes de água, no impacto social gerado pelo setor, entre tantos outros. É preciso entender que esse assunto passa, obrigatoriamente, pelo nosso setor.

E é de olho nisso que o Rehagro entra em 2023 por dentro do assunto, com diversas ações internas e também com foco em seus clientes, para que possamos ser protagonistas no Agro dentro desses temas. Não basta fazer, precisamos mensurar e comunicar o que fazemos, sempre prontos para transformar isso em negócio!

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