Rehagro Blog
Capim Tifton

Capim Tifton: como implantar em pastagens?

O tifton, gramínea do gênero Cynodon, foi desenvolvido com o objetivo de obtenção de alta produtividade e qualidade forrageira, sendo uma ótima opção para pastejo e também para produção de feno. Pode ser plantado tanto em regiões frias, quanto quentes, de clima subtropical e tropical.

A forrageira pode ser cultivada em solos arenosos, mistos e argilosos, devidamente corrigidos e adubados, não suportando apenas terrenos encharcados e ambientes sombreados.

Por não produzir sementes viáveis, o tifton é cultivado por meio de estruturas vegetativas, os estolões. As maneiras mais comuns de implantação da gramínea são em sulcos, em covas ou a lanço.

Recomenda-se realizar o plantio durante o período das águas (outubro a janeiro). O plantio em outras épocas é recomendado apenas em áreas irrigadas, em virtude das mudas serem muito sensíveis à falta de água e desidratarem facilmente.

 

Sem tempo para ler agora? Baixe este artigo em PDF!

Etapas do plantio do Tifton

1. Escolha da área para cultivo

Verificação da área onde será plantado o capim Tifton.

2. Análise química do solo e correção

Se necessário, efetue as correções do solo – calagem, gessagem, potassagem, fosfatagem, além da adubação com outros macro e micronutrientes.

3. Preparação do solo para plantio

Subsolagem, aração e gradagem. Essas operações servem para descompactar, destorroar e nivelar a área, melhorando assim as condições físicas do solo.

Além disso, servem para diminuir a presença de plantas invasoras no momento da implantação da cultura.

E-book sistema rotacionado de pastejo

4. Abertura dos sulcos de plantio

Os sulcos de plantio podem ser abertos com o auxilio de uma enxada (pequenas áreas) ou com trator e um equipamento apropriado para abertura de sulcos.

Recomenda-se que os sulcos fiquem espaçados de 0,5 a 1,0 metros, com profundidade de 10 a 15 cm.

5. Corte das mudas

As mudas de tifton, ou estolões, podem ser cortadas manualmente com uma enxada, ou com um equipamento acoplado ao trator (ceifadeira). Sempre que possível, deve-se cortar as mudas no dia do plantio. Se for necessário armazená-las, elas devem ficar sob a sombra e serem molhadas diariamente.

As mudas destinadas à formação de pastagens devem estar maduras e vigorosas, com cerca de 100 dias de idade, originadas de áreas livres de pragas, doenças e ervas.

Uma boa muda de tifton deve possuir raízes, colmos/estolões vigorosos e uma grande quantidade de gemas. Mudas jovens, pequenas e tenras não devem ser utilizadas porque desidratam facilmente no sulco de plantio.

6. Distribuição das mudas

As mudas devem ser distribuídas de maneira uniforme na área de plantio. São necessários de 4 a 5 t/ha, 3 t/ha e 2,5 t/ha de mudas, para o plantio a lanço, em covas e sulcos, respectivamente.

7. Cobertura das mudas

Deve-se enterrar cerca de dois terços da muda (enterrio parcial), deixando o terço apical sem cobrir. Esta etapa pode ser realizada manualmente com o auxílio de uma enxada ou com uma grade niveladora semiaberta.

As folhas e colmos que ficam para fora do solo são capazes de realizar uma pequena taxa de fotossíntese, ajudando no desenvolvimento das gemas que darão origem às novas raízes.

8. Compactação leve do solo

Esta etapa pode ser realizada com um rolo compactador ou pelo pisoteio (quando o plantio for realizado em uma área pequena), sendo importante para aumentar o contato da muda, mais especificamente das gemas que irão originar as raízes, com solo.

Considerações finais

Quando em condições adequadas de umidade e temperatura, após cerca de 90 a 120 dias, a pastagem deve estar cobrindo cerca de 70% da área.

Neste momento, deve-se fazer o primeiro pastejo da área, passando com animais leves (ex: bezerras, novilhas), deixando que eles consumam cerca de 30% da forrageira disponível. Esta operação é importante para estimular a brotação e enraizamento do tifton.

Quer alcançar mais produtividade em nutrição e pastagens na fazenda?

O Curso Gestão da Nutrição e Pastagens na Pecuária de Corte foi desenvolvido para oferecer soluções práticas e eficazes para melhorar a qualidade da alimentação dos animais e a gestão das pastagens, contribuindo assim para um maior desempenho do rebanho.

Com conteúdos atualizados e técnicas inovadoras, este curso fornece aos produtores as ferramentas necessárias para otimizar a nutrição dos bovinos, promover o uso sustentável das pastagens e alcançar melhores resultados na pecuária de corte.

Banner Curso Gestão da Nutrição e Pastagens na Pecuária de Corte

16 comentários