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Unidades de gestão diferenciada (UGD) na produção de grãos: principais estratégias

Unidade de gestão diferenciada (UGD) é uma sub-região de um campo que expressa uma combinação funcionalmente homogênea de fatores limitantes de produção para os quais uma taxa única de entrada específica da cultura é apropriada.

Assim, o delineamento de UGD é simplesmente uma forma de classificar variabilidade espacial dentro de um campo.

Para ser bem sucedido, a estratégia de delineamento deve ser baseada em causa e efeito reais relações entre as características do local e o rendimento das culturas.

Através da agricultura de precisão (AP) é possível utilizar ferramentas que auxiliam a identificação de regiões homogêneas, para adotar técnicas de investigação georreferenciada dos possíveis causadores da variabilidade nos campos de produção.

Com a segmentação em áreas de baixo, médio e alto potencial produtivo, é possível adotar o manejo específico aos campos de produção.

Gerenciamento de dados para seleção da UGD

A coleta e o gerenciamento de dados do manejo das culturas e do solo sobrecarregam o sistema de registro agrícola padrão. Os SIG fornecem uma abordagem sistemática para gerenciamento de grande quantidade de dados acumulados, junto às ferramentas necessárias para análise e interpolação.

As UGDs podem ser delineadas por amostragens e técnicas estatísticas, ou por modelos considerando aspectos pedológicos, geomorfológicos, hidrológicos e ecológicos, descrevendo processos contínuos entre o sistema solo planta.

A estratégia para definição da unidade de gestão diferenciada varia de região para região e de produtor para produtor.

Informações de atributos de solo, produtividade, experiência do produtor, conhecimentos de informática e disponibilidade dos dados irá influenciar o gerenciamento final da seleção da UGD.

Estratégias para seleção dos dados podem ser visualizados na tabela a seguir.

Tabela unidade de gestão diferenciada

Tipos de características do local em que as UGDs podem ser baseadas. Fonte: (DOERGE, 1999)

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Principais estratégias de unidade de gestão diferenciada

Os fatores mais significativos a serem incluídos em estratégia de UGD são aqueles com efeito direto sobre a produção das culturas.

Os padrões de mapas de colheita podem não ser instáveis temporalmente para definir com precisão a UGD sem informações complementares. Alguns dados não variam temporalmente como topografia, padrões de condutividade elétrica e classe de solo.

Essas propriedades relacionando com o rendimento das culturas, são dados fiáveis para definição de UGDs. Dados amostrados densamente são mais robustos que conjunto de dados escassamente amostrados e não estará sujeito a problemas de interpolação. Mapas de rendimento, modelos digitais de elevação e índice de biomassa, são considerados conjunto de dados densos.

Alguns autores identificaram regiões homogêneas para manejo da variabilidade espacial e temporal do solo. Foram empregadas técnicas de amostragem de solo, mapas de fertilidade, produtividade e condutividade elétrica para determinação das zonas de manejo.

A condutividade elétrica tem sido utilizada na agricultura para determinação de variações de textura do solo e no teor de umidade. O mapa de condutividade elétrica correlaciona com a variabilidade espacial dos teores de argila para delimitação de UGDs em um SIG.

A amostragem intensiva de solo em grade tem sido utilizada para desenvolvimento de mapas de aplicação a taxa variada. Locais onde a distribuição espacial apresenta de forma complexa, densidade de grade amostral mais fina do que as utilizadas comercialmente, são necessárias para produzir mapas mais precisos dos teores de nutrientes.

Entretanto o custo e a intensidade de trabalho associados a amostragem em grade sugere que outras abordagens podem ser mais viáveis, a definição de UGDs pode estabelecer como um método mais econômico para avaliação da fertilidade do solo.

UGDs baseadas em mapas de produtividade foram definidas a partir de dados coletados ao longo do tempo. Isso se deve ao fato de o mapeamento de produtividade ser uma ferramenta simples e barata para monitorar o rendimento das culturas em resoluções espaciais finas; além disso, fornece a melhor informação para o tempo e a variabilidade espacial.

Os agricultores devem lembrar que práticas de UGDs são específicas do local, sendo o potencial de rentabilidade específico da UGD.

O gerenciamento da UGD deve ser abordado de forma lógica e sistemática, sendo considerado os objetivos do agricultor e características de fazenda, antes que as decisões sobre ferramentas práticas sejam tomadas.

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Alessandro Alvarenga

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