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Protocolos hormonais das vacas de corte: principais considerações

A eficiência reprodutiva é um fator determinante na produtividade e rentabilidade da criação de gado. Entre as estratégias para melhorar o desempenho reprodutivo, o uso de protocolos hormonais destaca-se por sua eficácia na sincronização do ciclo estral, facilitando a inseminação artificial e melhorando as taxas de prenhez.

Neste texto, vamos detalhar o que são protocolos hormonais, discutir os mais recomendados pelos especialistas, e como é possível escolher o mais adequado para a realidade da sua fazenda, além de fornecer dicas práticas para sua implementação bem-sucedida.

Quais são os protocolos hormonais mais indicados ?

A escolha do protocolo hormonal mais indicado para inseminação artificial depende de vários fatores, como o manejo reprodutivo, as características do rebanho, a infraestrutura disponível, e os objetivos do produtor.

No entanto, alguns protocolos são amplamente recomendados devido à sua eficácia e flexibilidade:

1. Protocolo de Ovsynch

Duração:

O protocolo Ovsynch dura cerca de 10 dias.

Funcionamento:

  • Dia 0: Aplicação de uma dose de GnRH para induzir a ovulação de qualquer folículo dominante presente.
  • Dia 7: Aplicação de prostaglandina (PGF2α) para causar a regressão do corpo lúteo.
  • Dia 9: Segunda aplicação de GnRH para induzir uma nova ovulação.
  • Dia 10 (16 a 20 horas após a segunda dose de GnRH): Realização da inseminação artificial.

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2. Protocolo de Crestar (Progestágeno com benzoato de estradiol)

Duração:

O protocolo de Crestar dura cerca de 9 dias.

Funcionamento:

  • Dia 0: Inserção de um implante de progestágeno (Crestar) e aplicação de benzoato de estradiol.
  • Dia 8: Retirada do implante e aplicação de prostaglandina (PGF2α).
  • Dia 9: Aplicação de uma segunda dose de benzoato de estradiol.
  • Dia 10 (24 a 48 horas após a retirada do implante): Realização da inseminação artificial.

3. Protocolo de Two-shot Prostaglandin

Duração:

Este protocolo dura entre 11 e 14 dias.

Funcionamento:

  • Dia 0: Primeira aplicação de prostaglandina (PGF2α) para induzir o estro.
  • Dia 11: Segunda aplicação de prostaglandina (PGF2α) em fêmeas que não manifestaram estro após a primeira dose.
  • Dia 14: Inseminação das fêmeas que entraram em estro após a segunda dose.

4. Protocolo com uso de CIDR + GnRH e PGF2α

Duração:

Este protocolo dura cerca de 7 dias.

Funcionamento:

  • Dia 0: Inserção do dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR) e aplicação de uma dose de GnRH.
  • Dia 7: Retirada do CIDR e aplicação de prostaglandina (PGF2α) para regressão do corpo lúteo.
  • Dia 9: Aplicação de uma segunda dose de GnRH, seguida de inseminação artificial após 16 a 24 horas.

Como escolher um protocolo que seja adequado à realidade da fazenda?

A escolha do protocolo hormonal deve ser baseada em uma análise cuidadosa de vários fatores:

  • Condição corporal das vacas: Vacas em boa condição corporal geralmente respondem melhor aos tratamentos hormonais. Vacas com baixa condição corporal podem ter respostas hormonais comprometidas, o que pode influenciar a escolha do protocolo.
  • Infraestrutura da fazenda: A implementação de protocolos hormonais requer instalações adequadas para o manejo dos animais, como currais e troncos de contenção, para garantir a segurança e eficácia na administração dos hormônios.
  • Capacitação e disponibilidade de mão de obra: A aplicação de alguns protocolos requer treinamento especializado para a equipe de manejo. Além disso, é importante considerar a disponibilidade de mão de obra para monitorar o comportamento estral e realizar a inseminação no momento correto.
  • Custo e retorno sobre o investimento: É importante avaliar o custo dos hormônios e da mão de obra em relação aos benefícios esperados, como aumento nas taxas de prenhez e na produtividade geral do rebanho.

Dicas práticas

  1. Treinamento: Invista no treinamento da equipe para garantir a aplicação correta dos hormônios e o manejo adequado dos animais. Uma equipe bem treinada é fundamental para o sucesso dos protocolos hormonais.
  2. Monitoramento: Mesmo com protocolos hormonais, o monitoramento visual ou com o uso de tecnologias, é fundamental para identificar vacas em cio e assegurar que a inseminação seja realizada no momento ótimo.
  3. Manutenção de registros detalhados: Registre todas as aplicações de hormônios, datas de inseminação, e resultados de prenhez. Esses dados são valiosos para avaliar a eficácia dos protocolos e fazer ajustes necessários para melhorar os resultados futuros.
  4. Veterinário: Trabalhar em estreita colaboração com um veterinário especializado pode ajudar a ajustar os protocolos de acordo com as necessidades específicas do rebanho, incluindo adaptações para diferentes raças ou condições ambientais.

Conclusão

Os protocolos hormonais são uma ferramenta valiosa para melhorar a eficiência reprodutiva em fazendas de gado de corte. Com a escolha adequada do protocolo e uma implementação cuidadosa, é possível obter melhorias significativas nas taxas de prenhez e na produtividade do rebanho.

Avalie cuidadosamente as condições da sua fazenda e busque orientação profissional para garantir o sucesso na utilização dessas tecnologias reprodutivas.

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