Atualmente, discute-se bastante as reações ao consumo de leite, como alergias e sensibilidade a lácteos. Por conta disso, surgiu-se o interesse pelo leite A2.
Para entender, é crucial distinguir entre leite A1 e A2 e suas terminologias.
Os genes A1 e A2 codificam diferentes variantes da beta-caseína, a principal proteína do leite. Essas variantes se distinguem pela composição de aminoácidos.
A diferença entre essas duas variantes ocorre devido a uma mudança na sequência de nucleotídeos durante a construção da cadeia de aminoácidos da beta-caseína. Isso resulta na produção de histidina no alelo A1 e prolina no alelo A2, ambos se ligando à leucina.
Entretanto, é importante destacar que o leite A1 é semelhante ao leite A2 em termos nutricionais, ou seja, considerando proteínas, gorduras, vitaminas, carboidratos e minerais, apresentando diferença apenas na posição do aminoácido.
Análise genética Devido à alteração na sequência de aminoácidos, a proteína quebra liberando o peptídeo beta-casomorfina-7 (BCM-7), que pode causar reações adversas e predispor a alergia ao leite.
Certos animais produzem apenas leite A1 (A1A1), outros produzem leite A1A2 e os que possuem o gene A2A2 produzem leite A2. A determinação da variante da beta-caseína requer análise genética dos tecidos biológicos desses animais, conhecida como teste de genotipagem.
Mercado de leite A2 O mercado de leite A2A2 tem potencial de investimento, atualmente representando 1% da renda total do leite de vaca (cerca de 100 milhões de reais anuais).
A produção nesse nicho é liderada por poucos produtores em fazendas verticalizadas, mas que apresenta possibilidade da especialização do rebanho nacional para que a produção aumente.
Entretanto, é algo que requer investimento e tempo, logo, é interessante que exista demanda suficiente para consumir toda oferta.
Seja capaz de assumir todas as principais áreas de uma propriedade leiteira, promovendo resultados robustos e sustentáveis.